Uma Delimitação do Campo da Economia Social no Brasil: História, Correntes e Atores

Anais do 30º Encontro da ANPAD, Salvador

Mauricio Serva, Carolina Andion, 2006

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Resumo :

O termo Economia Social não é tradicionalmente utilizado no Brasil, apesar das organizações que atuam na interface entre as esferas econômica e social constituírem um fenômeno expressivo e cada vez mais reconhecido, tanto do ponto de vista da práxis, quanto teórico (como objeto de estudos). Não existe ainda no país uma visão dominante e, muito menos, um consenso sobre o que é a Economia Social, sobre as organizações que a compõe e qual o seu papel social. Partimos da premissa que a Economia Social vem se constituindo num campo no Brasil, no sentido definido por Pierre Bourdieu. O objetivo deste artigo, portanto, é apresentar a gênese e discutir as transformações desse campo no Brasil. Trata-se de um estudo teórico e qualitativo, elaborado sobre dados secundários e orientado pela sociologia da ciência e pela epistemologia estabelecidas por Pierre Bourdieu. Inicialmente, é empreendida uma leitura sócio-histórica, destacando o aparecimento e o fortalecimento gradual dos agentes e instituições da Economia Social na relação com as esferas sociais: o Estado, a sociedade civil e o mercado. Em seguida, é elaborada uma síntese de estudos e correntes que compõem o campo nascente da Economia Social no país. Por fim, são abordados os principais atores que compõem o campo, suas entidades representativas, objetivos e estratégias utilizados para manter sua posição e garantir a permanência nesse espaço.

Fontes :

www.anpad.org.br