Revista Economia Solidária 8. O empreendedorismo social e a economia solidária

Sob a direcção de Rogerio Roque Amaro, dezembro 2015

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Resumo :

Foi para trazer estes temas a debate e a mais clarficação e fundamentação, que a Revista de Economia Solidária organizou este número sobre «Empreendedorismo e Economia Solidária». Para tal, foi solicitado a Jordi Estivill, membro do Conselho Cientifico da Revista, que o coordenasse e focalizasse. Daí a importância do seu artigo de enquadramento histórico e teórico do tema.

De seguida, o artigo de Carlota Quintão e Cristina Parente, ambas sociólogas e participantes da A3S («Associação para o Em- preendedorismo Social e a Sustentabilidade do Terceiro Sector»), sendo a última também Professora Auxiliar com Agregação da FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Investigadora do ISFLUP – Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, apresenta uma visão ampla e eclética das diversas posições e correntes teóricas, que têm abordado o conceito de Empreendedorismo Social e procurado fundamentá-lo, tendo, como ponto de partida, os resultados do Projeto de Investigação «Empreendedorismo Social em Portugal», liderado pelo ISFLUP, em parceria com a A3S e com o DINÂMIA / CET, centro de investigação do ISCTE – IUL, e apoiado pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, onde ambas estiveram envolvidas.

O terceiro artigo, também da autoria de Cristina Parente, tendo igualmente, como ponto de partida, o Projeto de Investigação atrás mencionado, propõe-se analisar o estado do Empreendedorismo Social em Portugal, a partir das características e da comparação dos modelos de gestão e de intervenção, praticados pelas organizações do que é designado no artigo por «Terceiro Setor».

O quarto artigo é da autoria de Vander Casaqui, Doutor em Ciências da Comunicação, tendo realizado um projeto de Pós-dou- toramento pela Universidade Nova de Lisboa, em 2013. É Professor e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo. A sua abordagem visa caracterizar e ana- lisar os discursos e as ideias de empreendedores sociais portugueses, a partir dos elementos recolhidos, na sua pesquisa de pós-doutoramento, junto dos concorrentes do Concurso FAZ – Ideias de Origem Portuguesa, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, na sua edição de 2013, procurando sobretudo «compreender as relações entre o novo espírito do capitalismo, a cultura empreendedora e o empreendedorismo social».

No quinto artigo, cuja autora é Ana Quintela, economista, Mestre em Economia Social e Solidária (pelo ISCTE-IUL), com experiên- cias prfissionais nas áreas do apoio e da dinamização do Empreendedorismo e do Desenvolvimento Comunitário, procura-se dar con- ta do «valor societal» (avaliado através de três dimensões – Inovação, Impacto e promoção do Empowerment individual e comunitário) do Empreendedorismo Social em Portugal, tendo em conta as informações constantes nos sites de algumas organizações, normalmente trabalhando e/ou apoiando projetos nesse domínio.

O sexto artigo, com co-autoria de duas Investigadoras (Yara Araújo e Sidinéia de Souza), sob coordenação de uma Professora da Universidade Estadual de Montes Claros – Minas Gerais (Luciene Rodrigues), aborda uma das experiências mais inovadoras e desafi antes de Empreendedorismo Social / Solidário do Brasil, os Bancos Comunitários, analisando os princípios económicos, sociais e culturais em que assentam e as suas estratégias de enfrentamento das questões sociais (nomeadamente da pobreza e da exclusão social), através de instrumentos e soluções de Finanças Solidárias «de proximidade», a partir de casos de Minas Gerais.

Por último, este número da Revista de Economia Solidária pretende assinalar e dar a conhecer um acontecimento muito relevante, nestes domínios, que foi a criação, em Chãos (freguesia de Alcobertas, concelho de Rio Maior, distrito de Santarém), em 8 de agosto de 2015, da RPES – Rede Portuguesa de Economia Solidária, com 45 membros fundadores. Neste número dá-se a conhecer o seu Manifesto, que constitui a sua Carta de Princípios. Em próximos números dar-se-ão mais informações e notícias desta Rede, de que a ACEESA é co-fundadora e, portanto, a que fica ligada esta Revista.

 

 

01. Empresas, Emprendedurismo y empresariado social

02. As escolas de pensamento sobre o empreendedorismo social Carlota Quintão Cristina Parente

03. O estado do empreendedorismo social em Portugal- reflexões a partir dos modelos de intervenção e de gestão em organizações do terceiro setor. Cristina Parente

04. Ideias portuguesas para mudar o mundo- projetos de empreendimentos sociais, cultura e espírito do tempo.Vander Casaqui

05. Valor Societal do Empreendedorismo Social em Portugal Ana Quintela

06. Experiências de Economia Solidária no Brasil: O caso dos bancos comunitários e suas estratégias de enfrentamento das questões sociais via finanças de proximidade na região norte mineira

07. Manifesto para a criação de uma rede portuguesa de economia solidária - RPES

Fontes :

Aceesa