A CONSTRUÇÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ALTERNATIVA AO CAPITALISMO

Paul Singer, 2013

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…a economia solidária emerge como uma estratégia de sobrevivência à qual recorrem cada vez mais trabalhadores, amparados pelos Projetos Alternativos Comunitários PACs implantados pela Cáritas, pelas Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares abrigadas por universidades públicas e por um bom número de ONGs, em grande parte ligadas à Igreja Católica, com algum acesso a recursos da chamada Ajuda Internacional.

A economia solidária desde então tem sido viabilizada pelo apoio de movimentos sociais apoiados pelos setores organizados da sociedade civil: Comunidades Eclesiais de Base, Pastorais, sindicatos operários, movimento estudantil atuando em Incubadoras ou entidades similares, movimentos de trabalhadores rurais sem terra, catadores de resíduos recicláveis, quilombos, indígenas, mulheres, egressos de manicômios, sem falar da solidariedade entre vizinhos que faz parte da cultura das classes trabalhadoras de baixa renda.

O apoio do poder público veio inicialmente de prefeituras, quase todas petistas. O movimento político da economia solidária se desenvolve de forma molecular durante os anos oitenta, e emerge na cena pública com a realização dos primeiros Foros Sociais Mundiais a partir de 2001. Há um importante processo de reconhecimento mútuo entre todos os movimentos sociais envolvidos com a economia solidária a partir da segunda metade dos anos noventa, de modo que quando o primeiro Foro Social Mundial tem lugar em 2001, em Porto Alegre, cidade governada pelo PT desde 1989, o movimento da Economia Solidária tem presença destacada, provocando considerável interesse entre os milhares de participantes nacionais e estrangeiros.