Transição energética

Face ao conjunto de ameaças da escassez de energias fósseis e das alterações climáticas cada vez mais percetíveis, há cidadãos/s que optam por uma energia diferente: local, partilhada, ecológica, coletiva e cooperativa. Trata-se, por um lado, de sensibilizar para o consumo de energia em geral e implementar soluções de menor consumo e acabar com a dependência energética em relação às energias fósseis ou nucleares e por outro lado, iniciar a transição energética que coloque o consumidor o mais próximo possível dos recursos.

Este enfoque encontra-se, naturalmente, no âmbito da Economia Social e Solidária (ESS): os/as cidadãos/ãs agrupam-se e mutualizam os seus recursos para financiar projetos cooperativos de energias renováveis (solar, eólica, energia de biomassa, etc.) que respeitem o meio ambiente. Estas soluções ancoradas localmente, combinam soluções inovadoras com um enfoque ecológico, a redução da pegada de carbono, uma gestão democrática, uma finalidade não especulativa, a economia social e solidária. Estas iniciativas desenvolveram-se muito na Alemanha e na Dinamarca. Como afirma Hugues Sybille «a fórmula apresenta duas vantagens competitivas: permite aforro local (na Alemanha, p.e., as cooperativas auto-financiam-se a 50%) e favorece uma maior aceitação por parte dos/as cidadãos/ãs, por exemplo, em relação à energia eólica. Em vez de projetos impostos de cima, desenvolvem-se projetos escolhidos e aceites.» Outro futuro energético está a emergir.