A justiça social, um desafio democrático

Os mecanismos do mercado deixam muitos/as de parte: as pessoas em situação de pobreza, os/as jovens, as pessoas de idade, as pessoas estrangeiras, as mulheres, etc. Oferecem pouco espaço aos mecanismos de justiça social que permitiriam às pessoas excluidas reivindicar os seus direitos e beneficiar da repartição equitativa da riqueza. O direito à habitação, o acesso à terra, à alimentação, aos cuidados, ao mercado de trabalho, à coesão social, os desafios democráticos em torno destes temas – e de muitos outros dependendo se a pessoa se encontra no Sul ou no Norte -, não pode depender de uma autoridade única que imponha as suas soluções desde cima, nem de um mecanismo de mercado avassalador. O desafio, como refere o manifesto ADELS, «consiste no reinventar a democracia em torno de uma participação real dos/as cidadãos/ãs na criação de opções coletivas, assim como na avaliação das politicas públicas, pôr o enfoque nos princípios de cooperação, no mutualismo, na solidariedade e na construção de compromissos sociais».

Cooperativas de habitação, soluções coletivas para o acesso à terra, lojas solidárias, circuitos curtos, serviços para a infância ou para as pessoas em geral, inserção através da atividade económica, associações, cooperativas de aforro ou de consumo são soluções de justiça social que se baseiam em mecanismos de reciprocidade, cooperação e solidariedade. Baseadas em princípios de gestão democrática e participativa, têm um forte carácter de empoderamento podendo chegar a ter o peso necessário para interpelar as autoridades públicas para a co-formulação de políticas. No entanto, a justiça social não tem sentido se não se articualr com a justiça económica, mas também com a justiça ambiental que tenta responder aos conflitos ambientais que afetam as pessoas que vivem em condições precárias.

Uma publicação

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